“The most complete compendium of the world”. A frase com a qual Henry James definia a Londres do século XIX continua perfeitamente válida ainda hoje. Boa parte desta imagem de centro urbano que vislumbra o universo inteiro remete a seu passado como potência colonial. Mas também ao fato de sintetizar este passado sob a forma de museus, monumentos e parques, que fizeram de Londres um marco talvez inigualável em termos de abertura mental e de cosmopolitismo.

Encontro 1: 11/06 – Londres: a modernidade em modo londrino

Londres resulta, como tantas capitais europeias, de um secular processo de estratificação. Fundada pelos romanos num estratégico ponto de passagem sobre o Tâmisa, a cidade foi conquistada por anglo-saxões e vikings. Mais tarde, graças à Abadia de Westminster, alcançou prestígio religioso; e a construção da Torre, a London Tower, lhe deu ascendência militar e política sobre todo o reino. Nas primeiras décadas do séc. XIX, Londres já encabeçava um gigantesco império colonial, tornando-se a maior cidade do mundo. A apresentação visa reconstituir esta parábola histórica. Visa sobretudo decifrar o sentido político implícito na linguagem arquitetônica de monumentos como o Parlamento, a White Hall, o Buckingham Palace. Destaque será dado aos pontos que testemunham aspectos históricos da cidade, tais como o Globe Theatre, o antigo empório imperial em Docklands, o Greenwich Observatory, o Hyde Park, o Churchill War Rooms, a British Library. Mas o lado mundano da metrópole também será contemplado, com uma imersão no sofisticado centro de compras a céu aberto da German Street (chapéus, bengalas e chicotes que abastecem os armários da Royal Family).

Encontro 2: 18/06 – British Museum: seis obras-primas comentadas

Fundado em 1753, é um dos mais antigos e maiores museus no mundo. Sua coleção soma mais de 7 milhões de objetos, oriundos das mais variadas épocas e civilizações. Minha apresentação ilustrará este magnífico acervo, selecionando e comentando seis estrelas de primeira grandeza: “The Rosetta Stone” (sala 1); “Nebamun Egyptian Tomb” (sala 61); “The Assyrian Lion Hunt Reliefs” (sala 10a); “The Parthenon Galleries” (sala 18); “The Aztec Double Headed Serpent” (sala 27); “The Lewis Chessmen” (sala 42).

Encontro 3: 25/06 – National Gallery e Tate Britain: a tradição europeia e a pintura inglesa

Ambas coleções possuem verdadeiros paradigmas na história da arte. São obras cujo prestígio e influência não cessam de perdurar ao longo do tempo. Meu objetivo é traçar algumas possíveis conexões entre elas, mostrando como as tradições pictóricas do Continente (Itália, França, Holanda) ajudaram a plasmar a pintura inglesa. Obras da National Gallery a serem comentadas: Van Eyck, “O casal Arnolfini”; Rafaello, “A Virgem dos cravos”; Uccello, “A batalha de S. Romano”; Botticelli, “Vênus e Marte”; Tiziano, “Baco e Ariadne”; Bellini, “O doge Leonardo Loredano”; Vermeer, “Jovem mulher ao virginal”; Holbein, “Os embaixadores”; Caravaggio, “A ceia de Emmaus”; Van Dyck, “Retrato equestre de Carlos I”; Ingres, “Madame Moitessier”; Hogarth, “Marriage a la mode”; Gainsborough, “Sr. e Sra. Andrews”; Constable, “The Hay Wain”; Turner, “The fighting Temeraire”. Obras da Tate Britain: Hogarth, “The painter and his pug” e “Heads of six of Hogarth’s servants”; Reynolds, “Three Ladies adorning a term of Hymen”; William Blake, “Newton” e “The agony in the garden”; Constable, “Sketch for the ‘Hadleigh Castle’”.

Docente: PLINIO FREIRE GOMES

É autor de O herege vai ao paraíso (Companhia das Letras). Graduou-se e fez mestrado em história, na Universidade de São Paulo. Viveu durante quase duas décadas no exterior, entre a Europa e o Oriente Médio. Lecionou no Masp, Mam, Casa do Saber, Centro Universitário Maria Antonia e Instituto de Cultura Árabe. Há cinco anos coordena o grupo de estudos em arte na Biblioteca do Masp, atuando também como membro fundador do coletivo Lente Cultural, na Livraria Martins Fontes. Atualmente apresenta conferências e cursos sobre história da arte, com foco nos períodos helenístico, romano e renascentista, mas sua principal área de atuação é a cultura islâmica. Participa ainda, na condição de especialista, em projetos de viagem com foco em países como Itália, Espanha, Marrocos, Irã, Índia, China e Japão.

Quando: 11, 18 e 25 de junho,às 3ªs feiras, das 19h30 às 22hs

Local: Espaço Lente Cultural – Faria Lima, Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1690, 4ª andar, conj. 41. Fácil estacionamento na Rua Coronel Irlandino Sandoval. Estacionamento Calcenter, Av. Brig. Faria Lima, 1912. Metrô Faria Lima (duas quadras).

Investimento:

Curso integral (3 aulas): R$ 255,00

Aula avulsa : R$ 95,00.

Pré-inscrição através do preenchimento do Formulário para Inscrição (abaixo), onde são apresentadas orientações para pagamento através de transferência/depósito bancário ou PagSeguro.

A inscrição somente será confirmada após o envio de comprovante de transferência/depósito bancário para cursos@lentecultural.com.br

ATENÇÃO: Vagas limitadas.

A efetiva realização de cada curso está condicionada a um número mínimo de inscritos. Não deixe para fazer sua inscrição no último momento, pois isso poderá levar à não-realização do curso.